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Alguns jogadores reclamam da bola ao ponto de fazer ousadas metáforas. Outros a defendem ao ponto de cometer ousados gestos de amor. A resultante talvez seja jogar sem este controverso objeto circular. Há uma nova bola. Feita obedecendo os parâmetros estabelecidos de massa, volume, diâmetro. No entanto, somos informados, levou-se em conta o efeito da altitude no desempenho da bola. O negócio é o negócio. A bola é de uma certa marca. Há seleções que têm contrato com outra marca e, ainda, há jogadores que têm contrato particular com uma terceira marca - contrato de uso de chuteiras, caneleiras, se bobear até cueca. A seleção brasileira tem um contrato com marca adversária à da bola. Portanto, o choro ficou livre. Fosse o patrocínio o mesmo da empresa que fez a bola, certamente a patroa CBF ordenaria silêncio aos jogadores. Eles obedecem à ordem de silêncio sem choro nem vela. Felipe Melo, por exemplo, compara a bola à mulher de malandro, que tem de saber apanhar com malícia. Disse que a nova bola é uma patricinha que não gosta de apanhar. Já Kaká, que tem contrato com a mesma marca da bola, exibe-a e, amorosamente, beija-a. Negócio é negócio. Aquela velha história do verso de Bandeira, os cavalões comendo e os cavalinhos correndo. Embora neste negócio os cavalinhos são também cavalões e os únicos que correm por fora somos nós, amadores, menos que cavalinhos. No frigir dos ovos, nesse esporte globalizado ser amador é uma forma de não ser sequer cavalinho, mas definitivamente burro.
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